sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Missão à Bolívia organizada pela Rede CIN facilita conquista de mercados externos

Empresários dizem que apoio da CNI na feira e nas rodadas de negócios em Santa Cruz de La Sierra foi decisivo para conhecer futuros parceiros e clientes.

Há três anos, o diretor da indústria paranaense de cosméticos VidalLife, Marcelo Souza, decidiu apostar no mercado internacional. Os investimentos deram resultado. “Já vendemos para o Egito, Cabo Verde, Angola e Colômbia", conta Souza. Além disso, o número de funcionários aumentou de 75 para 90 pessoas. "Contratamos em diferentes áreas, como logística, documentação e expedição”, relata o empresário.  Neste ano, as exportações da Vidallife alcançaram US$ 400 mil.

Para ampliar as exportações, a empresa, que tem sede em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, e atua há 15 anos no mercado brasileiro, participou, na semana passada, da Feira Internacional de Santa Cruz (ExpoCruz), a principal feira internacional da Bolívia e uma das maiores da América do Sul, e da Rodada de Negócios Internacionais do país. Souza integrou a delegação de 11 empresários brasileiros, organizada pela Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN).

Todos voltaram de Santa Cruz de La Sierra, o maior centro comercial e industrial da Bolívia, com boas oportunidades de negócios. "Foi bom conhecer mercados de diferentes países em poucos dias", conta Sabrina Fernandes, gerente regional comercial da fabricante de coletores compactadores de resíduos sólidos urbanos Copac, de Goiânia.

Nas rodadas, fornecedores e compradores se reúnem, por um tempo pré-estabelecido, com a intenção de conhecer as ofertas e demandas de serviços e produtos
ACESSO RÁPIDO À INFORMAÇÃO - Essa foi a primeira vez que a Copac participou de uma rodada de negócios em uma feira internacional. A intenção, diz Sabrina, foi entender como os outros países funcionam em aspectos de metodologias de contratação, sistema político e leis ambientais existentes, por exemplo.

"Em uma semana, levantei informações que levaria no mínimo três meses para conseguir. Voltei ao Brasil pensando nas possibilidades de entrar em outros mercados”,  afirma Sabrina.  Além da fabricar os coletadores, a Copac conta com 600 caminhões locados.

Para participar da missão, a Copac e a VidalLife receberam apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio da Rede CIN e da Apex Brasil, e da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), que organizaram a Missão Prospectiva e Rodada de Negócios ExpoCruz 2013. O programa de missões empresariais prospectivas da Rede CIN oferece às empresas brasileiras oportunidade de acompanhar as novas tecnologias, estabelecer contato com parceiros internacionais e conhecer experiências inovadoras em suas áreas. Além disso, os empresários podem  participar de rodadas de negócios.

MUITOS CONTATOS EM UM DIA - Nessas rodadas, fornecedores e compradores se reúnem, por um tempo pré-estabelecido, com a intenção de conhecer as ofertas e demandas de serviços e produtos. Dessa forma, é possível fazer diversos contatos comerciais em um único dia.

Na Expocruz, o diretor comercial da Isoeste, Sérgio Bandeira, participou, em apenas três dias, de mais de 20 reuniões com futuros possíveis clientes.  "Os resultados com certeza virão a muito curto prazo", aposta Bandeira. “Registramos vendas esporádicas a alguns países nos últimos cinco anos, mas agora queremos consolidar nossa presença no mercado internacional".

Com mais de 30 anos no mercado, a Isoeste, que fabrica construtivos isotérmicos, como portas para frigoríficos, tem mais de 3 mil funcionários em cinco cidades: Anápolis (GO), Castanhal (PA), Várzea Grande (MT), São José dos Pinhais (PR) e Vitória de Santo Antão (PE).

REDE CIN - A Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), coordenada pela CNI, trabalha, desde 1998, pela internacionalização de empresas brasileiras por meio de serviços voltados para o aumento da sua competitividade. A Rede CIN agrega conhecimentos e competências acumulados por 27 Centros Internacionais de Negócios, sediados nas federações estaduais de indústria e do Distrito Federal. Nas federações, as empresas têm acesso aos produtos e serviços direcionados à sua atuação no mercado internacional.

Procure a federação do seu estado para saber mais.

Por Aerton Guimarães
Foto: Johanna Guevara/FIEG
Fonte: CNI

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